quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Projeto de Reelaboração de uma Habitação de Interesse Social



O desafio:

Solucionar os problemas que encontramos durante as visistas ás residencias do Bairo Campo Alegre em Uberlândia, propondo um novo layout com algumas modificações em relação à estrutura, e ao mobiliário, afim de sanar os problemas de acordo com a realidade da família em questão.


Nossa proposta: 
-Ampliar a planta original através de mudanças internas, visto que os proprietários já a modificaram e estão dentro do limite permitido ao nosso projeto.
-Solucionar os problemas expostos através da intervenção nos espaços com mobiliários feitos sob medida que supram as necessidades de armazenamento e até mesmo divisória entre os cômodos.
-Problemas expostos: falta de privacidade; mobiliário inadequado; falta de pontos de estocagem; deficiênia de conforto ambiental e sobreposição de funções desplanejadas.










Com esse projeto resolvemos a questão da falta de privacidade, adequando o mobiliário do quarto das crianças de forma a atender aos três filhos do casal.
As variações oferecidas pelo armário central junto com os módulos do sofá possibilita o rearanjo do ambiente para um maior e mais eficiente uso do espaço.
Buscamos oferecer uma grande quantidade de moveis para estocagem, para favorecer a ordem da casa.



Sala - Cozinha



A sala foi pensada de forma integrada com a cozinha, um armário central organiza o espaço, além de ser armário é mesa, aparador e divisória.
os módulos que acompanham o sofá permite uma maior flexibilidade de uso em diversas atividades.



 








Cozinha - Lavanderia -Banheiro



Essa área que agrega o banheiro a lavanderia e a cozinha, foi pensada de modo a otimizar as paredes hidráulicas, o que promove uma economia de tubulação.
O banheiro possibilita o uso de duas pessoas, uma vez que o lavatório fica do lado de fora, isso se justifica em razão da quantidade de cinco membros na família.


 





Quarto Casal





O quarto do casal foi pensado de forma simplificada, atendendo as funções dormir e armazenar.






Quarto dos Filhos



No quarto das crianças uma cama foi projetada de acordo com as necessidades: serem três camas aproveitando todo espaço possível com armários. Nichos foram colocados quase que por toda extensão do quarto o que pode ser utilizado para exposição de objetos de decoração, livros ou brinquedos. Para o local de estudo uma mesa com cadeira giratória frente a parede, que favorece a concentração durante os estudos. 







 


O projeto de reelaboração de uma habitação de interesse social, está concluído em forma de proposta para a população de baixa renda. Como uma opção mais eficiente, que permita um melhor aproveitamento do espaço com soluções simples e de baixo custo, uma vez que os materiais utilizados foram basicamente o OSB e o compensado
Nossa intenção foi além de promover o bem estar visual e de uso, para buscar formas de assegurar a durabiliade desses móveis uma vez que a troca dos mesmos em lojas do ramo moveleiro se torna muito honerosa.








terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mínimo + Flexível = Otimização

Por Núbia Cristina e Tábata Ribeiro

A habitação popular dispõem na grande maioria das vezes de espaços muito reduzidos, o que se opõe a necessidades das famílias com um número maior de membros. E é para atender a essa demanda que se busca um mobiliário que se adeque ao mínimo espaço e as mais diversas funções exigidas por seus usuários.

Mobiliário compacto multifuncional da KEWB
"cadeira, mesa, estante, sofá, espreguiçadeira e ainda cama"

 













Dimensões em cm.


"Somnys" Móveis Multiuso
 Desenhado por Fabien Rolland









 






Projeto a vingança da avóDesenhado por Melanie Olle Ilja Oelschlägel da Alemanha



Poppi home theater
Desenhado por Pierluigi Colombo e Giulio Manzoni


 

Dimensões do móvel fechado: 336 x 77,5 x 14
Dimensões do móvel aberto: 336 x 100,5 X140

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Entrevista: Projeto de Mobiliário Popular Traz Oportunidade para Moveleiras





Segue uma entrevista feita com o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, onde aborda um tema-conceito bastante pertinente e inovador no que diz respeito à mobiliário popular e à política que está sendo adotada pelas indústrias do Paraná.

Por Dayane Albuquerque :

“Em fevereiro de 2008, a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), lançou durante o 2º Seminário Oportunidades para a Indústria Moveleira, em Curitiba/PR, o Projeto de Mobiliário Popular, que consiste em criar, junto a indústrias moveleiras, uma linha de produção e financiamento de móveis para moradias populares, com medidas adequadas aos tamanhos das casas construídas pela Companhia. A idéia é uma oportunidade para as indústrias moveleiras desenvolverem outro nicho de mercado, que deve crescer ainda mais com o crescimento da construção civil, que inclui o segmento de casas populares, e com aumento do poder de compra de móveis pelas classes mais baixas. Desde o início, a Compahia buscou parcerias com fabricantes de móveis que queiram desenvolver uma linha de móveis populares acessíveis e compatíveis com o tamanho das populares. O Portal Moveleiro entrevistou o presidente da Copahar e engenheiro Rafael Greca, para saber do andamento do projeto.

Portal Moveleiro - Como surgiu a idéia de criar uma linha de produção e financiamento de móveis para moradias populares, com medidas compatíveis ao espaço das casas da Companhia e acessíveis ao orçamento das famílias de baixa renda?

Rafael Greca - A idéia é incentivar a indústria moveleira a criar um padrão de móveis adequados ao espaço das casas populares de 40 m² construídas pela Cohapar, proporcionando uma produção em larga escala, o que deve permitir a redução de preços dos móveis. Uma casa de 40 m² pode promover um mercado de até 20 peças de mobiliário, desde que eles sejam adequados e caibam na casa. Nossa idéia é estimular um nicho de mercado importantíssimo, representado pelas quase 600 indústrias moveleiras que existem no Paraná.

Portal Moveleiro - O senhor acredita que as indústrias moveleiras ainda não desenvolveram um nicho de mercado que atende a população carente, que mora em cômodos muito pequenos e não têm condições de comprar móveis planejados?

Rafael Greca - A maioria das indústrias já tem uma linha de montagem seqüencial de medidas inadequadas às casas populares - tipo a Indústria Bartira, que comercializa seus produtos pelas Casas Bahia. É o caso daqueles portentosos sofás de espaldar imenso e bojudos encostos que sempre avançam sobre o vão das portas e os corredores das casas. Precisamos romper o paradigma, e ofertar um mobiliário adequado à realidade social brasileira. Bom, bonito e barato. Não precisa ser mal desenhado para ser popular. As casas da Cohapar - graciosas e funcionais em seus projetos - nos ensinam isso.

A idéia é que nossos fabricantes habilitem-se a este nicho, evitando oferecer móveis desproporcionais aos 40 m² das casas destinadas à classe popular, não só pela Cohapar no PR, mas pelas Cohabs de todo o Brasil. É preciso evitar o mobiliário que fica como um "frango num pires", apertado e atrapalhando a circulação das casas. Até o final de 2008 temos a meta de concluir cerca de 27 mil casas, se todos os financiamentos que montamos estiverem prontos. Multipliquem isso por 20 peças e vejam que tem um nicho de mercado bastante forte.

Portal Moveleiro - No Brasil ainda não existem programas de financiamento de móveis e tivemos conhecimento de que a Cohapar não tem condições de financiar o mobiliário junto com a moradia. Como a família que compra a casa da Companhia pode ter acesso a estes móveis?

Rafael Greca - Não temos condições no momento. Não há ainda nenhum diploma legal que permita o financiamento complementar do mobiliário com a casa popular. Está surgindo no Governo Federal um programa semelhante ao da Argentina, que celebrizou a então senadora Cristina Kirchner, hoje presidente da República, para financiamento de fogões e refrigeradores populares. Porque não provocarmos a extensão para o mobiliário? Acho que o presidente Lula adoraria. Requião certamente veria com entusiasmo uma medida semelhante.

Enquanto isso não acontece, a Cohapar está disposta a comprar o mobiliário de uma casa de 40 m² para cada conjunto habitacional, após um registro de preços a ser feito nos moldes da lei paranaense de licitações. O importante é que tal mobiliário não ultrapasse R$ 3.500,00. Depois da exposição, sortearemos a casa mobiliada entre as famílias, como estímulo ao conforto das medidas adequadas, e ao bom gosto de respeito às famílias. Ninguém é tão pobre que não mereça morar bem, sentar bem, dormir bem. Todos os trabalhadores merecem uma boa cama para o merecido repouso após o dia de trabalho. Vejamos se a indústria moveleira entra neste desafio.

Portal Moveleiro - Atualmente, a população de baixa renda está conseguindo consumir mais móveis. Partindo deste fato, o senhor acredita que desenvolver parcerias junto ao Projeto se tornou um bom investimento para as indústrias moveleiras?

Rafael Greca - Há um inegável nicho de mercado para mobiliário popular adequado às casas populares. No ano de 2007 foram 94.074 habitações de interesse social, ou casas de Cohab, em todo o Brasil, num investimento de R$ 2,39 bilhões. Além disso, o mercado imobiliário popular financiou - em 2007 - 642.315 novas moradias.

O perigo é os fabricantes brasileiros não se entusiasmarem com este nicho e a China descobri-lo, ofertando móveis bons, bonitos e baratos. E nos engolindo na nossa timidez e tibieza. Eu concluo: o Brasil precisa de estímulo ao conforto, de móveis bons, bonitos e baratos, com medidas adequadas, sinal de respeito às famílias pobres. Ninguém é tão pobre que não mereça morar bem, sentar bem, dormir bem. Todos os trabalhadores merecem uma boa cama para o merecido repouso após o dia de trabalho. Procuram-se designers capazes de criar uma virtuosa cadeia produtiva. Inacreditável é que poucos enxerguem a importância de um nicho de mercado que gerou no ano passado mais de 642.315 novas casas.”

Fonte: 

http://sis.sebrae-sc.com.br/sis/pages/MostraNoticiaAssinante.do?metodo=mostraNoticia&idSetor=3&idNoticia=868&mes=0&ano=0